A
prostituição envolve frequentemente crianças. Um estudo sobre a prostituição
infantil nos Estrados Unidos, na Grã-Bretanha e na Alemanha ocidental revelou
que a maioria são crianças que fugiram de casa e não têm dinheiro, entrando no
mundo da prostituição.
O
facto de muitas crianças fugitivas recorrem à prostituição é, em parte, uma
consequência perversa da legislação que protege as crianças do trabalho
infantil, mas nem todas as crianças que se prostituem fugiram de casa. É
possível distinguir três grandes categorias de crianças que se prostituem
(Janus e Heid Bracey, 1980): os fugitivos,
que saem de casa e não são procurados pelos pais ou que persistem em fugir
sempre que são encontrados e levados para casa; os andarilhos, que vivem basicamente com os pais, mas passam muito
tempo fora de casa, por exemplo várias noites consecutivas; e os abandonados, cujos pais são indiferentes
ao que fazem os filhos ou rejeitam os próprios filhos. Todas as categorias
abrangem tanto rapazes como raparigas.
A
prostituição infantil faz parte da indústria do turismo sexual em várias
regiões do mundo. Os pacotes de viagens, destinados à prostituição, incentivam
pessoas provenientes da Europa, dos Estados Unidos e do Japão a viajarem para
estes destinos – embora tenham sido atualmente ilegalizados no Reino Unido.
Membros de grupos femininos asiáticos organizaram protestos públicos contra
este tipo de viagens que, não obstante, continuam a decorrer. O turismo sexual
no Extremo Oriente tem as suas origens no fornecimento de prostitutas para as
tropas americanas durante as guerras na Coreia e no Vietname.
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