Começaremos
por indagar sobre a origem das diferenças entre homens e mulheres.
Consideram-se abordagens contrastantes para explicar a formação das identidades
do género e os papéis sociais baseados nessas mesmas identidades.
Antes
de revermos estas abordagens contraditórias, é necessário fazer uma distinção
importante entre sexo e género. De um modo geral, os sociólogos utilizam o
termo sexo para se referirem às diferenças anatómicas e fisiológicas que
definem o corpo masculino e o corpo feminino. Em contrapartida, por género
entende-se as diferenças psicológicas, sociais e culturais entre indivíduos do
sexo masculino e do sexo feminino. O género esta associado a noções socialmente
construídas de masculinidade e feminilidade, não é necessariamente um produto
direto do sexo biológico de um individuo. A distinção entre sexo e género é
fundamental, pois muitas diferenças entre homens e mulheres não são de origem
biológica.
As
interpretações sociológicas das diferenças e desigualdades de género têm
assumido posições de contraste nesta questão do sexo e do género. Existem três
grandes abordagens que irão ser analisadas seguidamente. Em primeiro lugar,
observamos os argumentos que defendem a existência de uma base biológica nas
diferenças de comportamento entre homens e mulheres. Em seguida, focaremos as
teorias que dão particular importância à socialização e à aprendizagem dos
papéis de género. Por último, tomaremos em consideração as concessões dos
estudiosos que pensam que nem o género nem o sexo têm uma base biológica, sendo
totalmente construídos a nível social.
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