quinta-feira, 2 de maio de 2013

(Des)igualdade de Género


O conceito de divisão sexual do trabalho baseia-se em dois princípios: a separação e a hierarquia. A construção social dos modelos de “feminilidade” (mulher = passiva, sensível, doce) e de “masculinidade” (homem = forte, corajoso) atribuem papéis ideais a homens e mulheres. À mulher é reservada o ambiente interno da casa, e são lhe atribuídas as tarefas de cuidado da sociedade, consideradas “trabalho reprodutivo”. Já ao homem é reservado o ambiente externo, e o trabalho dito “produtivo”. No mercado de trabalho, essa divisão reflete-se na separação entre profissões ditas masculinas (advogado, político, médico, engenheiro) e femininas (professora, pedagoga, enfermeira). O sistema capitalista articula-se em conjunto com essa segregação através da hierarquização do trabalho produtivo e reprodutivo, atribuindo maior valor ao primeiro e desqualificando o segundo.
Ainda que a presença das mulheres no mercado de trabalho seja um fator crescente, elas encontram-se, na sua maioria, inseridas em profissões tidas socialmente como menos qualificadas, ou seja, as que são menos remuneradas e nas quais as condições de trabalho são mais precárias.

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